Vista Panorâmica da Bíblia

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sábado, 15 de maio de 2010

A tomada de Ai


Josué capítulos 7 e 8
A ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel porque eles prevaricaram (agiram deslealmente) nas cousas condenadas: as cousas condenadas eram tudo o que a cidade de Jericó continha (capítulo 6:17-19); o povo não tinha o direito de apropriar-se de qualquer coisa que lá se encontrasse: tudo devia ser destruído. Na realidade um só homem chamado Acã havia cobiçado e tomado para si algumas cousas (ver. 21).

Por causa dele toda a nação haveria de sofrer. O pecado de Acã é um ensino sobre a unidade do povo de Deus: Israel pecou (ver.11). Também cada crente faz parte de uma unidade: o corpo de Cristo, sua igreja (1 Coríntios 12:12 - 14:26). Toda a igreja sofre por causa do pecado de um dos seus membros (1 Coríntios 12:26).

O povo de Israel estava exultante com a vitória em Jericó. Embora fosse a vitória de Deus, o povo começava a confiar em sua própria força.

Como havia feito com Jericó, Josué mandou uns homens para avaliarem a força militar de Ai. Voltaram convencidos que seria fácil tomá-la, pois eram poucos os inimigos; bastava mandar uma pequena parte do exército, não precisando fatigar todo o povo (lembrando-se de como haviam se cansado dando voltas em torno de Jericó).

Como Jericó representa o mundo, na vida cristã, Ai representa a carne. Muitos crentes se despem de tudo o que para eles parece ser "mundanismo", e até se orgulham da sua separação. Mas, e a carne (bisbilhotice, crítica, inveja, ciúmes, etc.)? Algumas das pessoas mais perigosas na igreja são os que, aos seus próprios olhos, são "santos", mas que têm as línguas mais ferinas que se possa imaginar. O orgulho espiritual os convence que estão vivendo a vida cristã vitoriosa, mas esquecem que a vida vitoriosa é a de Cristo: é Ele quem nos dá a vitória.

O resultado do pecado de Acã, e do orgulho de Israel, foi que os israelitas perderam uns trinta e seis soldados, sofreram a humilhação da derrota e o povo ficou temeroso.

Também somos derrotados pela carne. Ela não pode ser vencida com a tática que usamos para vencer o mundo. O mundo é visível e está lá fora enquanto a carne está dentro de nós, invisível. O apóstolo Paulo reconheceu a sua fraqueza nessa batalha (Romanos 7:18). Não podemos viver a vida cristã com nossas próprias forças, mas somente quando estamos cheios do Espírito Santo de Deus. Existem dois fatores que fazem a luta contra esse inimigo, a carne, particularmente difícil:

1.Nossa relutância em reconhecê-lo como inimigo, e identificá-lo: na realidade até gostamos dele.

2.Ele está por dentro, e faz parte de nós: nações, cidades, igrejas e pessoas são destruídos pelo inimigo interno. A única batalha que os israelitas perderam, na conquista da terra prometida, foi a batalha em que a derrota não veio de fora, mas de dentro.
Nas suas cartas às sete igrejas, no livro do Apocalipse, o Senhor Jesus Cristo fez advertências, não contra um inimigo externo, mas contra os que se achavam dentro delas: os que mantinham o ensino de Balaão, o dos nicolaitanos, a mulher Jezabel. O diabo só pode ferir as igrejas a partir de dentro. Da mesma forma, um crente pode ter sua vida espiritual seriamente prejudicada a partir de dentro, pela carne. Ela age como aconteceu com Acã, nesta ordem:
- a atuação dos sentidos: ele viu;
- a atitude mental: ele cobiçou;
- a ação voluntária: ele tomou.

Josué demonstrou seu profundo pesar e aflição pelo acontecido rasgando as suas vestes e prostrando-se em terra, com os anciãos de Israel, diante da arca do SENHOR, até à tarde. Diante da arca ele se lastimou e reclamou do SENHOR Deus por ter feito o povo atravessar o Jordão para ser entregue nas mãos dos amorreus e fazê-lo perecer. Ele não sabia, evidentemente, a causa da derrota, e declarou que agora os moradores da terra iriam criar coragem para vir e destruir o povo de Israel e o que faria Deus então ao Seu grande nome?

O SENHOR se apiedou deles e disse-lhes que Israel havia pecado e violado a aliança e se feito condenado. O SENHOR só voltaria a estar com eles se eliminassem do seu meio a coisa roubada. Era necessário executar o homem que cometera o pecado e destruir tudo o que ele possuía, inclusive a sua família.

Deus poderia ter dito logo quem era o responsável, mas fez com que o povo seguisse um longo procedimento de santificação e apresentação seletiva diante do SENHOR, que designou por fim o culpado. Sem dúvida isto fez com que cada um refletisse no seu próprio procedimento, e temesse sofrer o castigo de Deus. Era difícil para eles distinguirem o mal dentro do acampamento.

Também é difícil muitas vezes para nós distinguirmos o mal dentro da igreja. Os membros parecem estar cegos ao pecado dentro da igreja, embora não tenham problema em ver o pecado dentro dos meios mundanos. E a igreja toda sofre por causa disso.

Acã havia subestimado a gravidade de desobedecer ao mandamento de Deus. Tendo enterrado todo o botim, ele pensava que ninguém estava a par do que havia feito, e que mais tarde poderia desfrutar dos seus tesouros com impunidade. Mas os efeitos foram sentidos pela nação inteira, bem como por toda a sua família. Nossas ações também têm repercussões maiores do que imaginamos: não nos enganemos ao pensar que os nossos pecados são tão pequenos ou pessoais que ninguém mais sofrerá as conseqüências deles.

Não sabemos se a família de Acã havia aprovado o que ele havia feito. Naqueles tempos, a família era considerada como um núcleo solidário, e participava da fortuna ou infortúnio do seu chefe, neste caso Acã. Muitos israelitas haviam sido mortos na batalha, por sua causa; agora ele e todos os seus tinham que ser eliminados completamente de Israel, para que nenhum vestígio do seu pecado permanecesse. O pecado tem conseqüências drásticas, exigindo que sejam tomadas medidas drásticas para eliminá-lo (Romanos 8:13, 1 Coríntios 11:31-32).

Depois que Israel eliminou o pecado de Acã, o SENHOR lhes concedeu: encorajamento, Sua presença na batalha, Sua direção e promessa de vitória, e Sua permissão para se apropriarem dos despojos. Sempre que Israel se livrava do pecado, o SENHOR os abençoava. Também será essa a nossa experiência ao deixarmos o pecado e seguirmos o caminho que Deus nos mostra.

Josué preparou-se para atacar Ai outra vez, agora para vencer mesmo, e o SENHOR lhe deu a estratégia a seguir. É de se notar que Ele mandou que Josué levasse com ele, para a batalha, todo o seu exército. Precisamos de todos os nossos recursos para a batalha contra a carne.

A estratégia teve pleno sucesso, e a cidade de Ai caiu facilmente nas mãos dos israelitas. Disto aprendemos, em nossa guerra contra a carne:

•Precisamos reconhecer o inimigo e o seu potencial. É a nossa própria natureza pecaminosa.

•Devemos examinar com muito cuidado as razões das nossas derrotas. Confiança em nossas próprias forças? Subestimamos o inimigo?

Depois da vitória, Josué construiu um altar de pedras toscas, não trabalhadas (Êxodo 20:25), ao SENHOR Deus de Israel, no monte Ebal (Pedregoso) e sobre ele ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas. A ação de graças e a adoração são um tributo de gratidão e louvor a Deus pelas suas muitas misericórdias, que não devemos esquecer de render-lhe sempre.

Diante do povo ele escreveu em pedras uma cópia da lei de Moisés, provavelmente os dez mandamentos. Depois ele leu toda a lei, a bênção e a maldição (Deuteronômio 11:26-32), diante de todo o povo, homens e mulheres, velhos e crianças, israelitas e estrangeiros: esta era a lei do país que estava em formação, para ser obedecida por todos os que ali habitassem.

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